Foram concedidos cerca de 166 milhões de euros a 36 empresas através da iniciativa-piloto Acelerador do CEI para combater a pandemia causada pelo novo coronavírus. Serão também concedidos mais de 148 milhões de euros a outras 36 empresas para contribuir para o plano de recuperação da Europa, elevando assim a 314 milhões de euros o total do investimento efetuado no quadro do programa Horizonte 2020. Foi ainda atribuído o recentemente criado Selo de Excelência a empresas, 16 das quais portuguesas, em reconhecimento do valor das suas propostas, a fim de as ajudar a atrair apoio de outras fontes de financiamento.

As 36 empresas selecionadas que contribuirão para a luta contra o coronavírus trabalharão em projetos pioneiros, como o aumento da produção de toalhetes de biodescontaminação, o desenvolvimento de ventiladores que forneçam aos profissionais de primeira linha informações em tempo real sobre a qualidade da ventilação dada aos doentes, a criação de uma plataforma de anticorpos para o tratamento de casos graves de infeção, entre muitos outros. Além disso, 139 empresas que lutam contra o coronavírus e que não foram beneficiadas nesta ronda de financiamento, devido a limitações orçamentais, receberam o recentemente criado Selo de Excelência COVID-19, em reconhecimento do valor das suas propostas, a fim de as ajudar a atrair apoio de outras fontes de financiamento. Seis destas empresas são portuguesas.

Outras 36 empresas, cuja atividade apoiará o plano de recuperação da Europa, trabalharão em múltiplos setores e projetos, nomeadamente, o desenvolvimento de torres eólicas mais altas e mais robustas, fabricadas com módulos de madeira, que poderão reduzir drasticamente os custos da energia eólica, um sistema de produção de adubos orgânicos e uma solução baseada na tecnologia de cadeia de blocos para as práticas de reciclagem sustentáveis aplicadas pelos fabricantes. Além disso, foram atribuídos mais 679 selos de excelência a propostas de grande qualidade, que, embora respeitando os critérios de financiamento do CEI não puderam ser financiadas devido a um orçamento limitado. Há 10 empresas portuguesas nesta situação.

Em março, um número recorde de quase 4 000 start-ups e PME solicitaram um financiamento no âmbito da iniciativa-piloto Acelerador do CEI, das quais mais de 1 400 propuseram inovações relacionadas com o surto de coronavírus. Por esse motivo, foi disponibilizado um montante suplementar de 150 milhões de euros nesta ronda de financiamento, o que eleva o total acumulado a mais de 314 milhões de euros. As start-ups e as PME selecionadas para receber apoio provêm de 16 países, designadamente 12 Estados-Membros da UE, o Reino Unido e três países associados.

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