Foi lançada recentemente a quarta edição do relatório anual “Monitor da Educação e da Formação” que visa aferir a evolução dos sistemas de ensino e formação na UE, contribuindo para os objetivos no domínio da educação e da formação da estratégia Europa 2020, a estratégia geral da Comissão em prol do crescimento e do emprego e o Semestre Europeu, o ciclo de coordenação da política económica e financeira.

A edição deste ano revela progressos rumo a objetivos importantes da UE, mas sublinha igualmente a necessidade de os Estados-Membros tornarem os seus sistemas de ensino mais adequados e inclusivos, em especial no que respeita à integração de refugiados e migrantes.

No que toca ao investimento na educação, os dados mais recentes (2014) do Monitor mostram que a despesa pública com a educação na UE começou de novo a crescer, após três anos consecutivos de contração. A nível da UE, o investimento público na educação cresceu 1,1 % ao ano. Cerca de dois terços dos Estados-Membros registaram um aumento. Em seis países, esse aumento foi superior a 5 % (Bulgária, Hungria, Letónia, Malta, Roménia e Eslováquia), mas, em contrapartida, dez Estados-Membros reduziram a despesa com a educação em 2014 em comparação com 2013 (Áustria, Bélgica, Croácia, Chipre, Estónia, Finlândia, Grécia, Itália, Lituânia e Eslovénia).

É igualmente necessário envidar mais esforços para tornar os sistemas de ensino mais inclusivos. A educação é uma poderosa força de integração dos jovens com antecedentes migratórios. No entanto, os seus resultados permanecem inferiores aos dos nacionais residentes. Em 2015, tinham taxas de abandono escolar precoce mais elevadas (19 %) e taxas inferiores de conclusão do ensino superior (36,4 %) do que os nacionais residentes (de 10,1 % e 39,4 %, respetivamente).

Esta situação aponta para a necessidade de os Estados-Membros redobrarem os seus esforços, sobretudo tendo em conta o aumento do número de refugiados e migrantes que chegam à UE (1,25 milhões em 2015, em comparação com 400 000 em 2013). Cerca de 30 % das pessoas recém-chegadas têm menos de 18 anos e, na sua maioria, menos de 34 anos. Com estas idades, a educação é uma ferramenta extremamente poderosa para promover a sua integração na sociedade.

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