A Agência Europeia do Ambiente publicou dados atualizados sobre a qualidade do ar nas cidades europeias. Os habitantes de Uppsala e Umeå, na Suécia, e de Faro, em Portugal, usufruem do ar urbano mais limpo da Europa. Três em cada quatro europeus vivem em zonas urbanas e estão na sua maioria expostos a níveis perigosos de poluição atmosférica. A melhoria da qualidade do ar para níveis recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) poderia reduzir significativamente as mortes prematuras causadas pela poluição atmosférica.
O visualizador da qualidade do ar nas cidades europeias publicado pela Agência Europeia do Ambiente classifica 375 cidades numa escala da mais limpa à mais poluída, com base nos níveis médios de partículas finas (PM2.5). Os dados foram recolhidos nos últimos dois anos civis (2022 e 2023) em mais de 500 estações de monitorização localizadas em centros urbanos de todos os países membros do Espaço Económico Europeu.
O visualizador mostra que somente 13 cidades europeias tinham concentrações médias de partículas finas abaixo do nível de referência baseado na saúde, de 5 microgramas por metro cúbico de ar (5 μg/m3), estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Estas cidades incluem quatro capitais situadas no norte do continente: Reiquiavique, Taline, Estocolmo e Helsínquia.
O Plano de Ação para a Poluição Zero do Pacto Ecológico Europeu fixou a meta de reduzir as mortes prematuras causadas por partículas finas em, pelo menos, 55 % até 2030, em comparação com os níveis de 2005, bem como um objetivo a longo prazo de inexistência de impactos significativos na saúde até 2050. No início do presente ano, as instituições da UE chegaram a acordo sobre uma proposta de atualização das diretivas relativas à qualidade do ar ambiente, com o objetivo de harmonizar as normas de qualidade do ar da UE com os níveis de referência da OMS e ajudar a cumprir os objetivos do Plano de Ação para a Poluição Zero.
O visualizador da qualidade do ar nas cidades europeias mostra a qualidade do ar habitual nas cidades europeias ao longo dos últimos dois anos centrando-se nas concentrações de PM2.5 a longo prazo, dado que este é o poluente atmosférico com maiores impactos negativos na saúde. Ainda este ano, a Agência Europeia do Ambiente publicará uma análise dos impactos da poluição atmosférica nos ecossistemas e na saúde humana, incluindo estimativas sobre mortalidade e problemas de saúde imputáveis à má qualidade do ar.