Declaração da presidente Ursula von der Leyen sobre os desenvolvimentos na estratégia de vacinação.

«A pandemia de COVID-19 continua a representar uma grave ameaça para a saúde e os meios de subsistência das pessoas. Estamos numa corrida contra o tempo. Quanto mais depressa atingirmos o nosso objetivo de vacinar 70 % dos adultos na União Europeia, maior será a probabilidade de contermos o vírus.

E as boas notícias são: o ritmo de vacinação está a acelerar em toda a Europa! Até ao dia de ontem, os Estados-Membros já receberam mais de 126 milhões de doses de vacinas. E tenho o prazer de dizer que, hoje, alcançámos 100 milhões de vacinações na UE. Este é um marco de que nos podemos orgulhar. Destes 100 milhões de vacinações, mais de um quarto são segundas doses, o que significa que temos agora mais de 27 milhões de pessoas totalmente vacinadas.

São boas notícias. Mas, como se pode ver com o anúncio da Johnson & Johnson de ontem, há ainda muitos fatores que podem perturbar o calendário previsto para a entrega de vacinas. Por conseguinte, é importante agir rapidamente, antecipar e ajustar sempre que possível. Estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance para apoiar a implantação da vacinação na Europa, nomeadamente aumentando o fornecimento de vacinas nas próximas semanas e meses.

É por esta razão que tenho o prazer de anunciar que chegámos a acordo com a BioNTech-Pfizer no sentido de, mais uma vez, acelerar a entrega de vacinas. Serão entregues 50 milhões de doses adicionais da vacina da BioNTech-Pfizer no segundo trimestre deste ano, a partir de abril. Estes 50 milhões de doses estavam inicialmente previstos para entrega no quarto trimestre de 2021. Agora passam a estar disponíveis no segundo trimestre.

Deste modo, as doses totais entregues pelo BioNTech-Pfizer ascenderão a 250 milhões de doses no segundo trimestre. Estas doses serão distribuídas por todos os Estados-Membros, na proporção das respetivas populações. Isto vai contribuir substancialmente para consolidar a realização das nossas campanhas de vacinação. Quero agradecer à BioNTech-Pfizer. Provou ser um parceiro fiável. Cumpriu os seus compromissos e dá resposta às nossas necessidades. Trata-se de um benefício imediato para os cidadãos da UE.

Mas permitam-me que me debruce também sobre o médio prazo. Para preparar o futuro, estamos a retirar os ensinamentos da primeira fase da nossa resposta à pandemia. É evidente que, para derrotar o vírus de forma decisiva, teremos de estar preparados para o seguinte: num determinado momento, poderão ser necessárias doses de reforço para aumentar e prolongar a imunidade; e, se aparecerem variantes que escapam à imunidade, teremos de desenvolver vacinas adaptadas às novas variantes; e vamos precisar delas rapidamente e em quantidades suficientes. Tendo isto em mente, temos de nos concentrar nas tecnologias que já deram provas da sua utilidade. As vacinas com base no ARN mensageiro são um claro exemplo.

Por causa de tudo isto, estamos agora a começar a negociar com a BioNTech-Pfizer um terceiro contrato. Este contrato vai prever a entrega de 1,8 mil milhões de doses de vacinas durante o período de 2021 a 2023. E implicará que não só a produção das vacinas, mas também de todos os componentes essenciais, se realize na UE.

As negociações que lançamos hoje — e esperamos concluir muito rapidamente — constituem mais um passo importante na resposta da Europa à pandemia. Podem seguir-se outros contratos com outras empresas. Estamos nisto juntos. E, juntos, venceremos esta luta contra a pandemia.

Obrigada.»

A declaração está disponível em linha.